Resumo
Autores como Michel Foucault e Franz Fanon têm figurado de forma influente tanto em estudos sobre questões relativas a estratégias de poder e representação em contextos pós-coloniais, quanto em debates e análises de ordem teórica sobre pós-colonialismo. Particularmente, as noções de biopoder e governamentalidade, originárias do pensamento de Foucault, e as reflexões de Fanon sobre a construção de formas de subjetivação racializadas e coloniais, têm ensejado um amplo debate sobre a permanência e circulação de retóricas raciais transnacionais. Através da leitura de David Scott, em Refashioning Futures - Criticism after Postcoloniality(1999), e Paul Gilroy, em Against Race - Imagining Political Culture beyond the Color Line (2000), este ensaio procura identificar a pertinência da combinação de ambos os autores em estudos que, de forma distinta, se debruçam sobre a complexa relação entre corpo e modernidade e suas implicações nos campos político e intelectual contemporâneos.
Olívia Maria Gomes da Cunha é doutora em Antropologia Social pelo PPGAS-MN-UFRJ e professora do Departamento de Antropologia Cultural (UFRJ). É autora de Intenção e Gesto ¾ Pessoa, Cor e a Produção Cotidiana da (In)Diferença no Rio de Janeiro, 1927-1942 (no prelo).
Print version ISSN 0104-9313
Mana vol.8 no.1 Rio de Janeiro Apr. 2002
Doi: 10.1590/S0104-93132002000100006
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